Setembro amarelo e a valorização da vida na infância
Informativo
18 de Setembro de 2023
Por mais que não gostamos de admitir, o suicídio infantil é uma realidade e precisamos lidar com ela.
O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental e à prevenção do suicídio. É crucial estender essa conscientização também à infância, onde os alicerces emocionais estão sendo construídos. Valorizar a vida na infância envolve criar um ambiente seguro, onde as crianças se sintam ouvidas, amadas e apoiadas em suas jornadas emocionais. Ao promover a compreensão de que os sentimentos das crianças são válidos e ao fornecer recursos para enfrentar desafios emocionais desde cedo, podemos ajudar a cultivar uma geração mais resiliente e saudável, onde a valorização da vida é uma lição fundamental.
Para compreender o que pode levar uma pessoa, especialmente crianças e adolescentes, a considerar o suicídio, é fundamental entender que não existe uma única causa isolada. É um problema multifatorial. Em geral, os transtornos mentais se manifestam através de alterações no comportamento que impactam negativamente as atividades cotidianas. Quando alguém modifica seus padrões de conduta e isso começa a afetar seu desempenho no trabalho, nas relações sociais, na escola ou em qualquer outra área da vida, essas mudanças devem ser consideradas como um alerta.
No caso de crianças e adolescentes, os pais devem estar vigilantes em relação aos seguintes indícios:
-
Mudanças na rotina do sono (insônia ou alteração de horários para dormir e acorda)
-
Isolamento da família e do contato social de forma repentina
-
Comentários como “eu prefiro morrer do que passar por isso”
-
Uso de roupas de mangas longas, mesmo quando está calor, comportamento que pode indicar marcas de automutilação nos braços ou antebraços
-
Diminuição do rendimento escolar.
Como intervir caso seu filho esteja apresentando indícios de suicídio:
Esteja presente e disposto a ouvir:
O suicídio infantil não deve ser subestimado ou ignorado. Mesmo crianças muito jovens podem enfrentar problemas emocionais sérios que as levam a pensar em tirar a própria vida. É importante não minimizar esses sentimentos e levá-los a sério. Abordar o tema do suicídio de maneira aberta e compassiva pode ser benéfico. Isso significa conversar com as crianças sobre emoções, estresse e ansiedade e encorajá-las a procurar ajuda quando estiverem enfrentando dificuldades.
Converse com a escola:
O assédio moral, seja na escola ou online, pode levar ao isolamento social, baixa autoestima e depressão. A prevenção é crucial. Isso envolve criar um ambiente seguro e acolhedor para as crianças, onde elas se sintam à vontade para falar sobre seus sentimentos e preocupações. Pais, educadores e profissionaisl devem estar atentos aos sinais de alerta e buscar ajuda quando necessário.
Conte com uma rede de apoio:
Quando necessário, buscar ajuda profissional é fundamental. Psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais podem fornecer tratamento e apoio adequados. Além disso, construir redes de apoio sólidas para as crianças é essencial. Isso inclui família, amigos, professores e outros adultos de confiança que possam oferecer apoio emocional.
Neste Setembro Amarelo, vamos olhar com ainda mais carinho e cuidado dos nossos pequenos, que estão exposto a frustrações e decepções tanto quanto nós adultos.
Caso queira conversar ligue 188. CVV- centro de valorizaçao da vida
Fonte:
www.setembroamarelo.org.br
-Ricardo Nogueira, psiquiatra e autor do livro: Pela vida- Porto Alegre, Athos , 2020.
-www.gov.br/saude/pt-br